Nos últimos dias temos sido bombardeados com uma avalanche de notícias sobre o Comandante Marcos. Não importa se você não lê jornal, revista, não assiste tevê. O que interessa é saber que finalmente um brasileiro vai para o espaço.
Mas espera aí, o que ele vai fazer lá em cima? Uma boa resposta para isso poderia ser achar o rumo do país. Ou quem sabe encontrar outros brasileiros que já foram para o espaço muito antes dele. Ver se lá de cima ele ainda encontra uma saída para o mais promissor país do mundo.
A grande verdade é que ninguém sabe o que ele vai fazer lá em cima. Nem mesmo ele. Não vou discutir que é uma grande honra ter finalmente um brasileiro na mídia internacional que é inteligente. Não roubou nada de ninguém. Não enganou ninguém. E ainda por cima é articulado e consegue falar mais de quatro frases em seqüência sem se enrolar. Mas por que se gastar tanto dinheiro para mandar um "cosmonauta" para o espaço, quando falta água, luz, comida, escola, educação? Qual é a utilidade prática de se ter um "brasileiro no espaço" quando a nação praticamente inteira já está no espaço; solta, flutuando entre corrupção, impunidade, falta de assistência e roubaleira?
Não era nascida quando Gagarin afirmou que a terra é azul. Ou quando Armstrong pisou na lua (e na bola por não ter decorado uma simples frase direito). Compreendo o motivo da corrida ao espaço. Mas lugar para o homem destruir, quer dizer crescer e frutificar. Mas hoje, as prioridades são outras. Se não conservarmos o que temos. E o que temos é apenas esse planetinha, que podem ter certeza não é mais azul, não teremos a oportunidade de destruirmos outros planetas, satélites, luas, anãs e afins.
Mas no fundo, eu desejo que o comandante Marcos tenha uma boa sorte. E sei também que várias pessoas devem estar morrendo de inveja dele. Fugir dessa realidade e ver a terra de um ângulo que poucos até hoje tiveram a chance de ver e voltar inteiros para contar.
Bel
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